Com um percurso notável iniciado em 1995 como estafeta no Deutsche Bank, Rui desenvolveu uma carreira sólida até fundar a Doutor Finanças, empresa líder em consultoria financeira pessoal, em 2014.

4 ideias chave para uma liderança eficaz MCG

Durante a conversa, Rui identificou 4 ideias chave para uma liderança eficaz que podemos encontrar na entrevista completa na edição #10 da Revista M:

4 ideias chave para uma liderança eficaz

1 | Ultrapassar a zona de comforto

Questionado sobre a importância de desafiar limites, Rui sublinha que sair da zona de conforto é essencial para a evolução pessoal e profissional:

“Esta é uma forma de nos desafiarmos e testarmos. Quando nos mantemos demasiado tempo na zona de conforto, a nossa capacidade de crescimento fica muito limitada. O nosso olhar fica viciado, é mais difícil encontrarmos novas soluções. Sair da zona de conforto e rodearmo-nos de pessoas que pensam de forma muito diferente de nós são duas peças fundamentais para crescermos. Por isso, diria que é mesmo uma das peças essenciais para evoluir.”

2 | Responsabilidade na gestão do próprio percurso profissional

Para quem sente que estagnou profissionalmente, Rui defende que a solução está na capacidade de autoanálise e definição de objetivos:

“Não tenho respostas mágicas que sirvam a todos. Quando eu percebi que o meu crescimento estava limitado, percebi também que tinha de fazer alguma coisa. Acho que é fundamental interiorizarmos que somos nós que temos as rédeas da nossa carreira. Não são os gestores das empresas ou os nossos chefes diretos. Diria que têm de fazer uma avaliação sobre quem são e quem querem ser, ou onde estão e onde querem estar. E tentar traçar objetivos sempre alcançáveis. Não vale de nada sonharmos apenas. Temos de sonhar com objetivos concretizáveis. (…) E ainda que não haja respostas que sirvam a todos de igual forma, é fundamental que não nos deixemos acomodar. É importante encontrarmos formas de nos testarmos, para que possamos ir crescendo. “

3 | Liderança fundamentada na escuta ativa e participação da equipa

Quando questionado sobre como um líder pode motivar a sua equipa, Rui Bairrada destaca a importância da escuta ativa e da inclusão dos colaboradores nas decisões:

“Que ouça as pessoas com quem trabalha. Este será o melhor conselho que posso dar a um líder. Ouça de forma ativa e ajude-os a crescer, envolvendo-os na organização. Só assim é possível motivar as pessoas. Elas têm de sentir que fazem mesmo parte de algo. Se a única coisa que fazemos é dar-lhes tarefas para desempenhar, facilmente perdemos essas pessoas. É preciso trazer cada elemento para o centro da empresa, perceber quem são, o que podem acrescentar e de que forma. Acredito que ao colocarmos as pessoas no centro das decisões encontramos soluções melhores para os problemas que nos vão surgindo, ao mesmo tempo que temos pessoas muito mais comprometidas (e felizes!) com o projeto”.

4 | Acompanhamento próximo e definição clara de objetivos

Para que as empresas promovam um ambiente produtivo e inspirador, é essencial um acompanhamento próximo dos colaboradores, como refere Rui Bairrada:

“A chave é um acompanhamento de proximidade que garanta o bem-estar de cada um. É preciso ter uma organização que permita que as lideranças dediquem tempo aos seus e os consigam acompanhar, partilhando conhecimento, ajudando a desbloquear questões e proporcionando equilíbrio entre aquilo que é o seu papel enquanto colaborador, mas também enquanto indivíduo. Além disso, é fundamental haver uma definição clara de objetivos alcançáveis, que são estipulados em conjunto com as equipas. Desta forma há compromisso de cada um dos elementos. A partir daí é possível acompanhar as pessoas e perceber onde estão os pontos a melhorar, quando é preciso aliviar alguma pressão ou, pelo contrário, pisar com mais vigor o acelerador. Tal como qualquer relação, é preciso haver confiança, transparência e reciprocidade”.

Estes quatro tópicos foram criados com base na entrevista com Rui Bairrada que está na Revista M #10:

Rui Bairradas

Rui iniciou a sua vida profissional em1995 como estafeta no Deutsche Bank,tendo saído desta instituição bancária 12 anos depois e já nas funções de Partnership Banking Coordinator. O motivo da saída foi a criação do seu próprio negócio em finanças pessoais. Depois de ser Managing Partner da Personal Finance, Diretor Geral da Dignus Capital e Board Member da Reorganiza, em 2014 fundou a Doutor Finanças, empresa que é hoje referência na atividade de ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões financeiras para as suas vidas. Além de CEO da Doutor Finanças, é orador nas áreas da liderança, motivação e recursos humanos e também autor do livro “De Estafeta a CEO: as decisões que constroem uma liderança”. Como ele próprio afirma, Rui “é um líder de afetos que gosta de mobilizar pessoas em
torno de um propósito”.