O INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial é um Centro de Interface Tecnológico (CIT) criado em 1986 e vocacionado para a realização de atividades de investigação e de inovação de base tecnológica, transferência de tecnologia, consultoria e serviços tecnológicos.
António Baptista, Senior Researcher no INEGI, é uma das pessoas responsáveis pelas relações que este Instituto tem com a MCG no âmbito de vários projetos de investigação e desenvolvimento. Colaborações estas que “decorrem com grande alinhamento e de forma muito construtiva”, refere.
Como vê a MCG enquanto empresa em atividade no tecido industrial português há mais de 71 anos?
Conheço a MCG há cerca de 20 anos e sempre a considerei uma empresa de referência nestas áreas industriais. Nos anos mais recentes, fruto do contacto direto que tive com as equipas MCG em diferentes projetos nacionais e europeus, noto uma grande evolução da empresa, diversificando negócio e procurando maior valor acrescentado na sua atividade e oferta.
É notável a forma como deixou de ser “apenas” uma empresa de componentes estampados para passar a entregar sistemas complexos para a indústria ferroviária, por exemplo, ou até mesmo na área das energias renováveis.
Como é a dinâmica entre as equipas MCG e as do INEGI?
Nos dois projetos em que colaborámos recentemente, a interação entre equipas decorreu sempre com grande alinhamento e de forma muito construtiva, sendo que apreciei a forma muito interessada e ambiciosa que a MCG imprimiu na liderança dos projetos que estão a seu cargo.
De facto, a visão estratégica de inovação da MCG destaca-se claramente, por exemplo na forma clara e sistematizada com que apresenta os seus objetivos, e em colocar o esforço das suas equipas para aproveitar devidamente as oportunidades de inovação e resultados dos projetos.
O que mais se destaca no trabalho das equipas de I&D da MCG?
São várias as competências e qualidades que tive o gosto de encontrar. Nomeadamente a visão estratégica da coordenação de I&D e inovação da MCG, que atua como alavanca para a modernização constante da empresa, para estar no estado-da arte (ou acima deste) em tecnologias, soluções e metodologias.
Em termos de capacitação técnica, nunca tive dificuldades nos projetos em que estive inserido, com as equipas MCG a corresponderem bem aos desafios e tarefas, e mostrando também vontade em saber mais e melhorar assim as suas qualificações com base no know-how dos projetos de I&D.
Que projeto destaca no âmbito deste trabalho conjunto?
Tive o gosto de colaborar com a MCG em projetos de grande dimensão como os projetos SHIP e MAESTRI, por exemplo. Mas destaco este projeto europeu MAESTRI, liderado pelo ISQ. O desafio era elevado, e coube ao INEGI estar responsável pela coordenação I&D da implementação dos pilotos.
O teste e validação das metodologias criadas foi amplamente conseguido, e temos já planos conjuntos (em candidaturas em curso) para aprofundar ainda mais estes resultados, levando-os para ambiente de produção (TRL 7-8) e alargando as áreas de demonstração.